Lost in translation  e Where the wild things are
são dois filmes que gosto muito, pode até ser que eles não tenham nada demais,
mas nos dois, gosto muito de como foi filmado e da trilha sonora. Where the wild things are chega a ser até ser um filme infantil, mas a graça do filme está nisso, nesse poder de acreditar naquilo que a gente não vê no dia-a-dia, e também acho divertido o fato de poder ter amigos que sejam bichos peludos enormes que saem voando por aí. Isso deve ter muito a ver pelo fato de ter visto Tororo quando era criança, queria muito que ele existisse e me levasse pra passear pra cima das árvores e ainda poder andar no ônibus de gato … e  Lost in Translation, foi um filme que eu me encantei desde da primeira cena em que mostra a Scarlett Johansson de costas deitada na cama. A graça da Scarlett nessa filme é que ela é sem graça, e o Bill Murray  pq ele é quem faz as cenas engraçadas, e isso ainda misturado ao tédio que a gente se depara na vida, por qualquer que seja o  motivo. Mas uma coisa que eu gosto muito, é da janela da hotel da Scarlett, que é enorrrmeee tem uma vista muito boa pra cidade. Além do tororo eu queria ter essa janela pra ficar poder ficar sentada por horas, pensando na vida.

às coisas que passam

dois novos desenhos

voltei essa semana pra minha cidade, e quando cheguei na rodoviária encontrei
o pai de uma colega minha que dava carona pra mim quando eu era criança. eu já tinha encontrado com ele outras vezes, até porque no interior, a coisa mais rotineira é reencontrar pessoas. mas desta vez eu percebi a diferença: o cabelo que era escuro, estava grisalho, e o rosto com mais marcas e rugas. perceber isso me deu um certo aperto do coração, porque por um momento eu senti que o tempo passou,eu vi resultado dele, a ação. e não tem como fugir disso. não acho nem um pouco ruim envelhecer, toda fase tem sua graça, mas o fato de que tudo isso não tem mais volta, que tudo que aconteceu fica só na memória – e na memória trapaceira, é meio estranho. essa não foi a primeira vez que eu senti isso. senti isso semana passada, sinto isso quando vejo meu avô, e daqui a pouco,vou sentir com meus pais, meus primos, meu namorado, eu… e vira uma mistura de nostalgia com agonia. mas isso passou, vai passar e vai voltar.

e os desenhos não tem nada a ver com tudo isso…

debut

Pra começo de conversa, eu nunca achei que eu desenhava bem ( a não ser quando se está na escola e a uma das únicas pessaos que desenha na sala  é você) e por causa disso nunca pensei em me dedicar a ilustração. Mas no meio do ano comecei a acreditar um pouco mais em mim quanto a isso. Comecei a desenhar um pouco mais, a procurar mais referências e a fiz um workshop em sp de ilustração. E no meio do workshop eu ouço o cara falar que ele nunca teve muita paciência para desenhos demorados, que o que ele gostava era de fazer desenhos rápidos . E isso já tinha me deixado muito feliz, pq eu nunca tive saco pra ficar horas num desenho, fazendo detalhezinhos, rabisco por rabisco, ponto por ponto… isso já tinha me dado um alívio mas depois dessa, eu ouço a frase ” fazer ilustração não precisa saber desenhar bem ” nooossa aí, eu deslumbrei! Bom, é simples assim, mas não é tão simples assim tbm, precisa mesmo de dedicação. E pensando nisso eu resolvi fazer um blog, como uma forma de ter mais compromisso pra desenhar e também pra minha mãe não achar que eu não faça nada da vida aqui em casa, já que eu não tô estagiando… é isso então, enjoy it !ou não…